Ginkgo biloba: O que É? Para que Serve? Qual é Ação Farmacológica?

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Como age a planta de origem chinesa ajuda a memória e inflamação do labirinto?

Qual é a origem?

Esta é uma árvore com mais de 150 milhões de anos. Sua origem é chinesa, tendo o significado, nesta língua, de “damasco prateado”, sendo que a palavra biloba ainda refere ao formato das folhas, que é bilobado (dividido em dois lobos). Em vista de ter sobrevivido às bombas nucleares lançadas sobre o Japão no findar da Segunda Guerra Mundial, representa, ainda, a paz e a longevidade.

Foi este último fato, aliás, que chamou a atenção de cientistas. Atualmente, as folhas desta árvore são utilizadas principalmente em processos voltados para combater os radicais livres no processo de combustão por oxigênio do organismo e para auxiliar a oxigenação cerebral.

Na farmacologia, tem seu uso vinculado notadamente como intensificador de processos cerebrais (como melhora da memória e de atenção) e contra a vertigem. Caracteriza-se, a princípio, como um nootrópico – nome dado a drogas que melhoram memória e concentração.

Cientificamente, as pesquisas ainda são prematuras e possuem resultados controversos, favoráveis e contrários ao uso farmacológico da planta. Enquanto alguns pesquisadores concluíram, por exemplo, que seu uso não reduz a incidência de demências e déficit congênito (indicando, ainda, que na verdade podem haver inclusive apenas efeitos colaterais), uma série de testes levados à cabo por outros tiveram uma conclusão exatamente oposta: que, em determinadas dosagens, pode ser sim eficaz no tratamento de doenças como demências, labirintite, distúrbios oculares, alergias, entre outros. Há ainda pesquisadores que consideram que a substância vinda da planta também é capaz de melhorar substancialmente a atenção de indivíduos que não possuem moléstias.

Qual é o uso?

É utilizado normalmente por sua capacidade de agir em diversas partes do corpo humano. Por conseguinte, suas indicações contemplam uma série de moléstias. É principalmente utilizado em distúrbios das funções do sistema nervoso central, em distúrbios vasculares periféricos e em distúrbios neurossensoriais. Em vista disso, a substância pode, por exemplo, auxiliar a circulação sanguínea, inclusive diminuindo o risco de trombose; ser usado no tratamento de microvarises, artrite, úlceras, cansaço das pernas; casos de vertigens, zumbidos, tonturas e outros; tratamento em processos vasculares degenerativos; labirintites, etc. Estes são apenas alguns exemplos das mais diversas utilizações do extrato da folha desta árvore.

Quais são os benefícios?

O extrato desta planta parece apresentar alguns benefícios relacionados a determinadas doenças. Pesquisas têm demonstrado seu potencial em algumas áreas, como as seguintes:


  • Memória, desempenho cognitivo e ação antioxidante: a ação mais importante e estudada seria a possível associação do fitoterápico com uma melhoria da memória e do desempenho cognitivo. Assim, especialistas discutem o uso da medicação para o tratamento de condições como a doença de Alzheimer, a demência vascular ou outras patologias que levam a um déficit cognitivo significativo. No entanto, sua utilização nessas doenças ainda permanece controversa no meio médico, necessitando de maiores estudos. Acredita-se que ela interfira no processo da memória uma vez que apresenta atividade antioxidante importante, fato que pode prevenir também o surgimento de doenças cardiovasculares, cânceres, e retardar o envelhecimento.
  • Ouvidos: além da sua aparente ação na memória e cognição, a planta é usada classicamente em muitas outras situações. Nos ouvidos, uma vez que auxilia a nutrição dos neurônios e a circulação vascular arterial, ela pode ser utilizada para o tratamento de zumbidos, vertigens, tonturas e outras doenças do labirinto.
  • Alergias: nos processos alérgicos, o chá da folha dessa árvore pode diminuir a coceira ocular e a produção excessiva de muco.
  • Circulação sanguínea: um dos efeitos da planta é a melhoria da circulação sanguínea por meio da dilatação dos vasos e da propriedade antitrombótica. Dessa forma, um grande número de estudos controlados tem sugerido que o fitoterápico seja usado no tratamento de doenças vasculares, tais como doença vascular periférica e doença de Raynaud.
  • Distúrbios oculares: vários estudos mostraram efetividade no tratamento do glaucoma e da degeneração macular, provavelmente pelas alterações vasculares e antioxidantes da planta.

O que diz na bula do medicamento?

A bula do medicamento traz diversas informações, as quais podem ser resumidas, em seus pontos principais, abaixo. Para maiores e mais completas informações, consultar a bula completa.

  • Contraindicações: é contraindicado em pacientes que tenham hipersensibilidade à substância advinda do extrato da planta e também não se recomenda que seja consumido de forma concomitante com aspirina, ticlopidina, antiagregante plaquetário, anticoagulantes e inibidores de MAO (inibidor da monoamina oxidase).
  • Interações medicamentosas: o uso simultâneo com ticlopidina, antiagregante plaquetário e anticoagulantes pode causar hemorragias, enquanto a utilização concomitante com inibidores de monoamina oxidase pode potencializá-los.
  • Efeitos colaterais: os efeitos adversos que podem ocorrer são principalmente distúrbios gastrointestinais e transtornos circulatórios, sendo que normalmente se apresentam de forma pouco intensa.
  • Superdosagem: no caso de ingestão de doses muito maior do que as aconselhadas, o indicado é adotar as medidas normais de controle das funções vitais. Se houver algum efeito colateral, parar o medicamento e informar o médico.
  • Ingestão com outras substâncias: não há referências que demonstrem efeitos no seu uso simultâneo com alimentos ou bebidas alcoólicas. A indicação inicial é que se tome o medicamento juntamente com água, antes das refeições.

Como tomar?

É um fitoterápico com apresentação em comprimidos, os quais devem ser tomados por via oral, juntamente com uma quantidade de água suficiente para ingestão, sem que ocorra a mastigação.

O paciente deve sempre estar atento à posologia, para correta adequação da dosagem.

Posologia?

A medicação está disponível em comprimidos de 40mg, 60mg, 80mg e de 120mg. A quantidade de comprimidos ao dia varia conforme a dosagem dos mesmos, sendo que usualmente se utilizada a dose total de 120-160mg ao dia.

Dessa forma, comprimidos de 40mg devem ser tomados 3 a 4 vezes ao dia; comprimidos de 60mg ou de 80mg devem ser tomados 2 vezes ao dia; comprimidos de 120mg devem ser tomados uma vez ao dia.

Qual é o preço?

O custo da caixa com 30 comprimidos de Ginkgo biloba varia em torno de 15 a 50 reais, dependendo da dosagem utilizada e do laboratório em que foi fabricado.

O remédio vindo da planta está disponível para comprar nas maiores farmácias de todo o país, faça uma pesquisa pois seu valor varia bastante de uma farmácia para outra.

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