Como utilizar o medicamento para cuidar inclusive da irritabilidade e disforia? A pílula dá sono?
Esse medicamento é indicado no tratamento da depressão, seja ela relacionada à ansiedade ou não.
Além disso, ele pode ser indicado no transtorno obsessivo compulsivo, também conhecido como TOC, bulimia nervosa e transtorno disfórico pré-mestrual, também conhecido como TDPM. Ele eleva os níveis de serotonina no cérebro, ou seja, resulta melhora nos problemas citados.
De acordo com a bula, é um antidepressivo para alguns tipos de depressão, isso no espectro monopolar. É possível encontrar caixas com diferentes quantidades de pílulas (10, 20, 30 ou 60).
Ele aumenta a serotonina do cérebro, isso porque quando ocorre um desequilíbrio na quantidade de serotonina, acontece à depressão ou ela pode acabar se acentuando. O medicamento consegue controlar os sintomas deste problema, ou seja, ele permite um bem-estar ao paciente.
Qual é o seu uso?
É um medicamento muito indicado e muito usado para quem sofre com depressão, principalmente aquela que é acompanhada por ansiedade, transtorno disfórico menstrual, transtorno do pânico, fobia social, transtorno obsessivo compulsivo em crianças acima de seis anos e adultos, todos sob orientação médica.
Ele age sobre a serotonina, que é uma substância encontrada no cérebro. Ele aumenta a disponibilidade da serotonina no cérebro o que faz aliviar os sintomas da ansiedade e da depressão. Ele começa a fazer efeito após sete dias do tratamento, mas tudo vai depender de cada paciente.
O que diz na bula?
É possível observar algumas respostas do remédio após algumas semanas de início do tratamento. Pode acontecer do paciente sentir que nenhum resultado apareceu, caso isso aconteça é preciso procurar novamente o médico e verificar se é necessário mexer na dose do medicamento. Como tomar o medicamento é bem simples, basta ingerir de forma oral e as concentrações plasmáticas podem ser alcançadas entre 6 a 8 horas. O medicamento não depende de nenhuma refeição.
Abaixo as dosagens que normalmente são indicadas, mas lembre-se que é necessário passar pelo médico, é ele quem vai indicar o melhor para seu caso.
- Em caso de depressão: a dose é de 20 mg por dia.
- Em caso de bulimia nervosa: normalmente a dose passada é de 60 mg por dia.
- Em caso de transtorno obsessivo compulsivo: os médicos costumam recomendar uma dose de 20 mg ao dia até 60 mg ao dia.
- Transtorno Disfórico Pré-Menstrual: Nesse caso a dose recomendada é de 20 mg que deve ser administrada durante todos os dias do ciclo menstrual. E deve ser repetido a cada ciclo menstrual.
- Terapias concomitantes: É preciso usar uma dose bem mais baixa em caso de pacientes com doenças concomitantes, comprometimento do fígado ou que estejam ingerindo diversos outros medicamentos.
Quais são os efeitos colaterais?
É preciso avisar ao médico caso tenha alergia a qualquer medicamento ou substância que componha o medicamento. Além disso, não devem ser ingerido por pacientes que utilizem inibidores da monoaminoxidase (IMAO), sejam reversíveis ou não. É fundamental que o paciente aguarde 14 dias após suspender o tratamento com IMAO para começar a ingerir o Prozac.
Outro ponto importante é referente ao retorno do uso de inibidores da monoaminoxidase, nesse caso o paciente precisa aguardar cinco semanas após suspender o uso do Prozac e retornar a utilizar o IMAO ou até mesmo o tratamento com Melleril. É muito importante entender que o uso do Prozac junto ao IMAO podem trazer algumas situações bem graves e pode até ser fatal.
É preciso ficar atento em algumas reações que podem ser causadas com o uso do medicamento:
- Reação comum que ocorre em mais de 10% dos pacientes: Diarreia, insônia, cansaço, vontade de vomitar, dor de cabeça, diminuição ou até perda da força muscular.
- Reação comum que ocorre entre 1% a 10% dos pacientes: Palpitações, boca bem seca, calafrios, visão turva, vômitos, distúrbio de atenção, dá sono, ansiedade, vertigem, nervosismo, erupções de pele, vermelhidão da pele, sonhos anormais, emagrece, diminui libido, vertigem, bocejo, agitação, diminui apetite, impaciência e muito mais.
- Reação incomum que gera entre 0,1% a 1% dos pacientes: Dilatação da pupila dos olhos, sensação de frio e anormalidade, mal estar, humor elevado, perda de cabelos, suor frio, diminuição da pressão sanguínea, bruxismo, contração muscular e muito mais.
- Reação bem rara: Mancha roxa na pele, dor no esôfago, problemas no sistema nervoso que acaba atingindo a boca do paciente, doença do soro, convulsão, vasodilatação, crise de euforia, hipomania e muito mais.
Onde comprar?
O mesmo deve ser comprado somente com receita médica e pode ser encontrado nas farmácias comuns.
É importante lembrar que é essencial procurar um médico e não tomar o remédio por conta própria.
Preço?
Os valores podem variar de acordo com a quantidade de pílula em cada caixa. O que contém de 20 mg com 30 pílulas custa em torno de R$110,00 dependendo de cada farmácia e com 15 pílulas o valor fica em cerca de R$60,00.
O que narra o filme sobre geração deste fármaco?
O filme Geração Prozac é um drama que fala sobre uma estudante que sofre com uma crise depressiva.
Ela foi aceita na universidade de Harvard, onde deseja estudar jornalismo e pretende decolar como escritora.
Porém, toda a estrutura frágil de sua família, que passa pelo abandono do pai e uma mãe muita amarga leva a jovem sofrer com os problemas da depressão.
Ao entrar na universidade, seus dias começam a ser marcados por instabilidade emocional, insônia, muita bebida alcoólica e comportamento suicida.
A situação é algo tão complicado que até mesmo a sua amiga de quarto decidi levá-la ao médico, assim como seus dois primeiros namorados.
A médica chamada Dra Diana receita a ela o medicamento. A partir desse momento que o filme começa a discutir sobre até que ponto uma pessoa deixa de ser ela própria, ou seja, natural para ser controlada por medicamentos que conseguem transmitir paz e conforto aos pacientes.
Na concepção dos produtores do filme, essa geração está bem longe de acabar, já que a indústria farmacêutica pretende aumentar sempre os medicamentos para que as pessoas possam consumir.
O diagnóstico dado por médicos para pessoas que sofrem com depressão aumenta tanto quanto a indústria farmacêutica que oferecem o medicamento antidepressivo.
O filme acaba falando sobre essa geração que necessita dessa droga e que não é a última solução, mas que pode levá-la a uma nova etapa.